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Mostrando postagens de 2020

Sim, ando sumido. Não, não desisti do blog.

É que 2020 tá complicado. E continua complicando… É tanta coisa pra fazer, tão pouca saúde mental pra lidar com tudo! Cadê o respiro? Cadê o pensamento em como o outro está lidando com isso tudo? É tanta coisa com que lidar que a gente fica perdido, não? Não adianta encher-se de tarefas e achar que ocupar a mente com elas vai ser o bastante. Não. Vai ser só uma fuga — e pra muita gente isso só vai agravar a situação da falta de saúde [mental, emocional, física]. Quando o ano começou foi um excesso de otimismo , felicidade , os problemas vão ficar pra trás , olha que ano redondinho ! — E o que deu errado ? Mas e se isso tudo que vivemos é justamente o resultado dos desejos de otimismo e felicidade? E se isso tudo teve que cair por terra para ser reconstruído de um jeito melhor? A humanidade andava (ainda anda, né?) bem perdida em ilusões e em matéria e sem saber o que fazer de si. Precisávamos de um evento que parasse todo o planeta , para fazer dar um passo para trás, olhar o que fize

[ResenhAndy] “Tudo que eu colori no céu da tua boca” — Paulo Narley

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Sim! Decidi começar a publicar aqui as resenhas [por menores que sejam] dos livros que li ou venho lendo. Imagino que é um mínimo que posso fazer para trazer visibilidade [pois vai que alguém lê esse blog! hahaha] a autores ou livros que merecem mais crédito do que lhe dão [ou a algumas obras no estilo corre que é furada , mas que serão menos frequentes]. Inauguro, então, essa seção com o último e-book que li e me deixou de coração quentinho, esse que tá aí no título e você[s] já deve[m] ter visto. - - -- --- ------ --------   “Tudo que eu colori no céu da tua boca” , de Paulo Narley Sempre quis ler algo focado em poesia, mas sem ter me despertado ainda por alguma produção em específico. E qual não foi minha surpresa ao descobrir que era o foco do livro de Paulo Narley! Mal sei o que dizer aqui, a respeito do tanto que me senti tocado por esse livro. É de uma sensibilidade e profundidade... Conheci a escrita de Narley pela antologia “Você Não Está Sozinho” [gratuita e recomendo demais

Dicas de Escrita

Mais uma postagem trazida para cá! Essa foi escrita primeiramente para o Ipê Literário , iniciativa linda de apoio a escritores e obras independentes que a autora  Júlia Rietjens  criou! — Sigam o Ipê, gente! Tem Twitter e Instagram ! Fiquei tão feliz com o resultado, com as dicas (principalmente porque é algo que serve para mim mesmo!), que merece a leitura. Segue o texto, sem alterações. #dicadeescritor Quando Júlia me pediu para escrever sobre escrever, pensei no que funcionou para mim. Decidi compartilhar aqui as minhas dicas de escrita e espero que possam ser úteis a vocês! 1- Leia. Muito! E não é apenas ler. É ler e entender a escrita, as formas e tempos verbais, conjugações, singular e plural, uso dos porquês, estilos literários... tudo! Ler com atenção é o primeiro passo para entender a construção de histórias e roteiros, buscar referências, captar a construção de personagens e personalidades. E quanto maior e mais diverso o leque de leitura, mais a bagagem adquirida vai ajud

Aos 40, olhando para trás…

Ontem foi meu aniversário. 4 décadas completas em torno do sol. E antes de dormir, com a cabeça ainda fervilhando em tanta felicidade, escrevi esse texto logo depois de encarar uma foto minha ainda bebê, meses de idade. Acabei postando no meu Instagram , mas achei que ficou legal e valia compartilhar aqui também. [Movimentar o blog que a faculdade com suas leituras e aulas e obrigações me impede de continuar a alimentar.] Enfim… Uma carta ao baby Andy de 40 anos atrás… “Se prepara . Você vai passar por poucas e boas. Vai sofrer na escola por ser diferente dos coleguinhas [demora, mas vai passar ]. Vai virar piada na faculdade porque aparentemente adultos não são menos preconceituosos [muito pelo contrário]. Vai mudar de direção dezenas de vezes [mas tudo bem, recomeçar é melhor que ficar parado ]. Vai demorar a se descobrir e se aceitar [por puro e real medo de não ser amado]. Mas vai aprender… e vai crescer . Não muito em tamanho [menos ainda em cabelo], mas vai entender um bocado o

Sobre Twitter, críticas e posturas-clichê…

 Alô, booktwitters  [que nem estão aqui, mas vale a reflexão e quero registrar em postagem no blog], deixa o tio dizer umas coisas pra vocês:  jogar shade pra booktuber que fala sobre livros e/ou assuntos que as pessoas (se muitas ou poucas, é o de menos) querem saber faz de você não uma pessoa inteligentona , fica só parecendo recalque;  não adianta reclamar de quem lança conteúdo se você não faz nada pra mudar isso ou não faz a sua versão da história;  é fácil também querer que o mundo mude pra você ter sucesso, mas se não levantar a bunda da cadeira e fizer sua parte fica só parecendo (olha só!) recalque;  não adianta também dizer que quer visibilidade e que tem panelinha dentro do Twitter que não divulga seus livros se você, ora vejam só, também não faz nada pra mudar isso e não ajuda os outros autores que também precisam de visibilidade — existem coletivos independentes, tá?;  sucesso/fama não é tudo — e sobre isso vale dizer que a única diferença que você vai fazer na vida de

Seja!

Essa postagem originalmente esteve [em 2015-10-25] em minha página criada no Medium — que abandonei depois que a rede se tornou paga e ter recursos premium, “bloqueando” a distribuição de textos autorais não pagos aos demais usuários. Trago-a para cá para manter o acesso livre e a todos. Adaptei pequenezas do texto original para casar com o presente momento, mas sem perder a essência. Hoje eu acrescentaria que sei ler o tarô, por exemplo, e tenho me aprimorado cada vez mais nisso. E a falta de leitores-beta não me impediu de autopublicar meu primeiro livro [embora eu ainda precise de voluntários para o segundo]. E muito do que está escrito acabou forçosamente acontecendo durante essa pandemia/ano louco de 2020. Ainda assim, o texto é válido como incentivo [e ainda preciso internalizar tudo que tá escrito aí, já que a primeira pessoa pra quem escrevo sou eu mesmo]. ——————— Há anos escrevi meu “currículo” de um jeito diferente. Saiu mais ou menos isso aqui (dei uma adaptada hoje, confess

Nostalgia é meu sobrenome.

Essa postagem originalmente esteve [em 2018-05-14] em minha página criada no Medium — que abandonei depois que a rede se tornou paga e ter recursos premium, “bloqueando” a distribuição de textos autorais não pagos aos demais usuários. Trago-a para cá para manter o acesso livre e a todos. Essa, em específico, seria a primeira de uma série — exceto que acabei não escrevendo as cartas seguintes, mas a ideia ainda existe. ——————— [Cartas que nunca entreguei… #1] Oi. Tudo bem por aí? Espero que sim. Acordei de um cochilo e me dei conta de que tinha sonhado contigo. E não foi um sonho ruim! Foi meio nostálgico — como as lembranças que tenho a seu respeito. Sabe? Às vezes me pego pensando “onde foi que isso tudo mudou?” e não consigo chegar a uma conclusão. Vai ver a vida seguiu. Vai ver não era pra ser. Vai ver um só era necessário na vida do outro até aquele ponto e… passou. Ainda assim, me bate aquela nostalgia de “poxa, a gente era tão amigo…” e não sei como lidar com isso. (Nostalgia é m

À sombra do morcego…

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Essa postagem originalmente esteve [em 2019-07-05] em minha página criada no Medium — que abandonei depois que a rede se tornou paga e passou a ter recursos premium, “bloqueando” a distribuição de textos autorais não pagos aos demais usuários. Trago-a para cá para manter o acesso livre e a todos. ——————— Não fui um adolescente muito ligado em quadrinhos, a princípio. Não sabia com que frequência eram vendidos, não conhecia nada além do que via no cinema ou na TV. Gostava muito do Superman e da Mulher-Maravilha , mas não sei em que ponto me deparei com o outro, o que veio conquistar o posto de “meu herói favorito”. Talvez tentando entender o uniforme esquisito que usaram no filme Batman & Robin? [Sim, eu gostava dos filmes do homem morcego da década de 90…] Talvez. Não entendia por que o Robin do filme não parecia o Robin e foi por essa época que a Internet chegou pra ficar, ainda que discada e depois da meia-noite, então fui atrás desse tal de Dick Grayson . Ok, todo mundo conheci

50 perguntas para me conhecer mais a fundo.

Quando eu era criança os cadernos de perguntas eram tendência! Cada página com uma pergunta, cada linha com a resposta de alguém. Passava horas lendo e respondendo! — Os quizes são a versão atual disso, então não resisto a um pra responder! Deixo abaixo um que achei no blog que sigo [fontes no fim do texto] e resolvi deixar aqui pra quem quiser ler. Como o título sugere, são 50 perguntas para me conhecer mais a fundo. 1. Você prefere escrever com caneta azul ou preta? — Prefiro criar contraste . Se as linhas são coloridas, escrevo com caneta preta. Se as linhas ou impressos são pretos, uso a caneta azul. 2. Você prefere morar no campo ou na cidade? — Prefiro o clima do campo, mas morar na cidade. Talvez por isso eu ame tanto Petrópolis e sonhe em morar lá. 3. Se você pudesse aprender uma nova habilidade, qual seria? — Leitura dinâmica ou memória fotográfica. 4. Você bebe o seu chá ou o seu café com açúcar? — Açúcar , sim. De amargo, basta a vida. 5. Qual era o seu livro preferido na in

Hoje joguei Tarot pra mim mesmo e a coisa bateu forte.

Usei uma das tiragens indicadas no livrinho A Bíblia do Tarô  [de Sarah Barlett — tá na p. 326] que já tinha usado para a amiga-bff-irmã-astróloga [sigam a @ livialimaastrologia no Instagram  e/ou façam seu Mapa-Astral, menines!] com um resultado mais bem sucedido que o esperado por nós, mostrando que ela está mais do que no caminho certo! O jogo em questão se chama Aspirações e Metas , busca dar uma clareada na mente e coração , definindo e/ou apontando um caminho pra seguir quando a gente se sente inseguro, desmotivado e é em relação a tudo na vida, não necessariamente algo material, profissional — ou seja, é um baita e personal-GPS de vida pra quem tá querendo se achar mesmo sem saber onde está perdido. Pois bem. Sim, a resposta foi bapho . Chocou porque passei os últimos dias meio pra baixo, reflexivo, introspectivo demais [até para os meus padrões — se bem que eu não sou lá muito introspectivo, já que gosto de pensar em voz alta ou com quem estiver por perto] — e não sabia o po

Reflexões sobre a tristeza de um futuro possível.

Toda segunda-feira [geralmente, na virada da noite de domingo pra segunda] abro uma caixinha de perguntas no meu Instagram pra responder a 1 pergunta objetiva ou tirar 1 carta-conselho no meu Tarot para qualquer pessoa que pedir. Essa semana algumas respostas não foram muito boas [considerando o ponto de vista de quem fez a pergunta/pedido de conselho e a carta que saiu]. Penso que tem muito a ver com o período que estamos passando, o ano que estamos vivendo, repleto de dúvidas, incertezas, tristezas, etc. Pois bem. Ao menos 3 pessoas ficaram entre tristes e chateadas com as respostas que interpretei das cartas. Tento sempre suavizar o máximo que posso, porque sei que dói e o quanto dói ouvir [ou ler] o que a gente não quer encarar – mas meu papel é o de dizer a verdade ali expostas, não o que querem ouvir. — Ainda assim, vale uma observação… Como qualquer oráculo, o Tarot funciona com o presente para entender o futuro : as cartas dizem aonde você vai chegar se seguir o rumo qu

A (negada) plenitude de amar…

Essa postagem originalmente esteve [em 2016-10-20] em minha página criada no Medium —  que abandonei depois que a rede se tornou paga e ter recursos premium, “bloqueando” a distribuição de textos autorais não pagos aos demais usuários. Trago-a para cá para manter o acesso livre e a todos. Escrevi para o antigo blog de uma amiga minha [em 2015-03] e segue abaixo com pequeníssimas adaptações (mais correção de texto mesmo). ——————— A (negada) plenitude de amar… Pensem nas seguintes cenas: você com aquele alguém especial, caminhando de mãos dadas pelo shopping, tomando sorvete ou dividindo um café gelado, sorrindo um para o outro. Um cinema, pipoca dividida, braços dados, beijinhos roubados durante a sessão. Uma caminhada pela praia (ou praça ou parque ou etc.), abraçados, curtindo o ventinho batendo e vocês sorrindo, despreocupados, em paz e felizes . Conseguiu imaginar? Se sim, das duas, uma: ou vocês são um casal hétero ou são um casal gay muito despreocupado (menos provável) ou muito i

Nossa casa… vs 1.1 [2020-08-14]

Ontem um amigo querido me perguntou se eu e marido [que só não é legalmente marido de fato, mas pra mim e pra ele já é/somos por direito] pretendemos morar juntos, já que essa vida de metade do tempo numa casa e metade na outra cansa um bocadinho. Sim, pretendemos, claro! Só que nos falta a base material pra isso — “ money , que é good , nós num have ”. E tanto é verdade que já imaginamos algumas vezes como ela seria — sendo apartamento ou casa de fato, o que importa tá mais nos detalhes que no contexto, porque os detalhes é que constroem a existência. Nossa casa provavelmente terá… Uma pequena biblioteca. No caso, uma estante cheia de livros , indo desde literatura a livros técnicos e acadêmicos dentro da área de cada um a livros espiritualistas para estudos e consultas. Livros contam muito a história de quem lê e se interessa por eles e nossa história permeia muito o amor pelos livros. Um altar que mistura Buda, a Sagrada Família, São Francisco de Assis, São Miguel Arcanjo, Santa J

Tempo, tempo, tempo, tempo…

Tenho um sério problema com o tempo , em muitos níveis. Não consigo administrá-lo, não sei aproveitá-lo, não percebo a passagem dele e, quando dou por mim, já foi embora. Quero fazer tudo ao mesmo tempo e, ao mesmo tempo, não faço nada a tempo. Às vezes penso que ele age a meu favor ou que consigo seguir o fluxo que é por ele imposto. Às vezes sou arrastado. Me pego nostálgico, pensando no tempo que passou, nos momentos que ficaram para trás, no tanto de coisa boa que foi vivida e permanece vívida em mim. — Me pego também preocupado, ansioso, sem entender o que vai ser daqui a 5 minutos, 5 dias, meses, anos, querendo que demore a passar ou passe mais rápido, dependendo do que a ilusão de um futuro me reserva… — Olho para trás e me espanto com a rapidez, com os 7 meses que já passaram nesse ano que prometia tanto e entregou tão pouco. Olho para frente e… não consigo enxergar. Sempre vivi de sonhos e futuros imaginados e, no tempo em que vivemos, não consigo mais alimentá-los. Não sei

Desacelerando na marra.

A prova de que não adianta muito planejar porque o mundo/universo tem um jeito de mostrar que o que precisamos é mais importante do que o que queremos : no sábado “travei” minha coluna. — A ideia era arrumar o quarto, lavar banheiro e etc. Em vez disso, fiquei deitado o tempo todo. O quarto continua bagunçado até hoje, mas tive meu respiro. Retomei a leitura, dediquei tempo ao namorido em casa, pus CDs pra tocar [que saudade que eu tava disso!], estudei e joguei tarot… E entendi que, mesmo trancado em casa e produzindo menos do que de costume, na verdade tenho estado o tempo inteiro pilhado. A mente não para, o tempo corre e parece que fiz nada, no meio de tanto que tenho pra fazer, focando em tudo e nada ao mesmo tempo. Daí surge a oportunidade de um passeio/viagem em família, que não estava nos planos, e o que se deve fazer? Pois é, cá estou em outra cidade, pegando sol de inverno, vendo as estrelas no céu, reconquistando o amor do sobrinho [que esqueceu de mim depois de 2 meses e me

Você sabe com quem está falando?!

É uma merda acharem que a profissão ou formação acadêmica é o que define alguém, não? Uma pessoa é tão mais que isso! Não me interessa se alguém é arquiteto, engenheiro, escritor, gari, tia do café… O que interessa é um bom papo, uma boa conversa, sabedoria de vida. — E, vamos combinar, é muito mais provável o gari e a tia do café terem mais crédito comigo que os outros, porque é igualmente mais provável que haja simpatia e simplicidade de vida do que a típica arrogância de quem acha que sabe muito e, portanto, merece louros e honras. E o papo é muito mais legal! O que faz uma pessoa não é o diploma ou a vida acadêmica, é o que ela é e o que tem por dentro — e isso é o que atrai ou afasta alguém. — Há uma linha finíssima entre auto-amor e arrogância, muitos ultrapassam sem perceber. Aí é só ladeira abaixo… Arrogância atrai arrogância, simplicidade atrai simplicidade. Me dá uma agonia desse povo academicista ou formado nisso e aquilo, que acha que o único caminho certo é ler só sobre

O Louco dá seu primeiro passo…

Esses dias me peguei pensando no quanto gosto de escrever (mesmo que ninguém leia) e dividir esses pensamentos aleatórios que orbitam minha mente e no quanto eu não tenho feito isso nas últimas… décadas? Enfim… Com a questão do isolamento social forçado que 2020 trouxe de presente junto com uma pandemia que muita gente insiste em não levar a sério, preciso ocupar a mente para não “enlouquecer” aos poucos (como sinto que vem acontecendo). Esse blog teve uma encarnação passada (acabei de descobrir que ainda existia, mas sem postagens) que levava o nome de um trecho de uma de minhas músicas favoritas e que me descreve bem: Disarray , do grupo Lifehouse. A proposta ainda é ver-se no meio de uma bagunça ( “…inside the disarray!” , o nome antigo), mas dessa vez dando um passo além. — Por isso o novo nome e endereço. Explico… Urano , o equivalente à carta ‘ O Louco ’ no Tarot, é aquele que aponta os caminhos incomuns, que se apaixona pelo que é diferente, que gosta do que não é igual. Escorpi