Sim, ando sumido. Não, não desisti do blog.

É que 2020 tá complicado. E continua complicando…
É tanta coisa pra fazer, tão pouca saúde mental pra lidar com tudo!
Cadê o respiro? Cadê o pensamento em como o outro está lidando com isso tudo?
É tanta coisa com que lidar que a gente fica perdido, não?
Não adianta encher-se de tarefas e achar que ocupar a mente com elas vai ser o bastante. Não. Vai ser só uma fuga — e pra muita gente isso só vai agravar a situação da falta de saúde [mental, emocional, física].

Quando o ano começou foi um excesso de otimismo, felicidade, os problemas vão ficar pra trás, olha que ano redondinho! — E o que deu errado? Mas e se isso tudo que vivemos é justamente o resultado dos desejos de otimismo e felicidade? E se isso tudo teve que cair por terra para ser reconstruído de um jeito melhor?

A humanidade andava (ainda anda, né?) bem perdida em ilusões e em matéria e sem saber o que fazer de si. Precisávamos de um evento que parasse todo o planeta, para fazer dar um passo para trás, olhar o que fizemos e o que precisamos consertar. E assim foi, ao menos por um tempo!
Novembro chegou e, com ele, o aviso de uma nova onda coronesca de contaminação.

[Meu pai, um senhor de mais de 70, está lá fora, circulando na rua de ônibus, trem, a pé, visitando lugares e mais lugares, porque não deram férias a ele [mas deram para o outro funcionário do escritório, bem mais novo] e continuam exigindo trabalho para “manter a economia funcionando porque a gente precisa de dinheiro”.]

Será que não aprendemos nada naqueles 2 ou 3 primeiros meses de isolamento em que ficamos preocupados e dentro de casa, refletindo sobre o que fazer para cuidar de si e daqueles à nossa volta?
Que alarde é esse agora, de todo mundo tendo que sair de casa a qualquer custo [inclusive da vida dos outros]?
Não seria hora de parar novamente, refletir mais uma vez?

Outros países já disseram que a onda nova tá pior que a primeira.

“Ah, mas já tem vacina” — alguns podem pensar.
Você já foi vacinado? Eu, não.

Essa urgência de assuntos sem urgência vem tirando o mundo do eixo.
Quando vamos aprender?
E como?

Pelo visto, uma pandemia não foi o bastante.


PS.: não sei vocês, mas eu voto na intervenção alienígena, porque os humanos mesmo estão só fazendo cagada.

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