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Sobre como me joguei no mundo pop e não saí mais.

Quando a gente cresce num meio em que você não pode (por inúmeros motivos) se expressar ou não se reconhece no que te cerca, é natural que você se feche em si. Que tipo de alívio funciona? Vou dizer o que funcionou pra mim na época, vendo agora tudo isso em retrospecto. Desde cedo eu era a criança que brincava sozinha, porque os amigos adoravam usar como alvo pra deboche e ofensas -- como toda criança viada, é claro. Então minha diversão eram os programas de TV com música, tipo A Turma do Balão Mágico , Clube da Criança  e  Xou da Xuxa . Como não se deixar levar por aquele universo colorido com música, brincadeiras e desenhos animados? Que estava ao alcance das mãos e eu podia botar pra tocar o disco na vitrola! Tão maravilhoso. [Aqui também entra outra sensação de vergonha: eu brincando e dançando bonitinho sozinho até perceber que era observado por um adulto, que achava a cena encantadora. Parei na hora e nunca mais dancei em público. Quando tentei na vez seguinte, caí e virei alvo

“O que você quer ser quando crescer?”

Outubro. 41 anos. Essa frase (no título) me apareceu de diversas formas durante esse mês. Em muitas maneiras eu sou exatamente o que sonhava ser. Me formei em licenciatura, após um tempo aprendendo a construir lugares, passo alguns bons momentos durante a semana desenhando e pintando, sei ouvir e ler outros idiomas, conto histórias, tenho amizades de fazer sorrir, sou ainda fã de super-heróis e sei da importância deles, me expresso pro mundo como eu mesmo, tenho a meu lado a pessoa mais incrivelmente maravilhosa que eu poderia ter achado, publico livros, perdi o medo de cachorro, convivo com animais de estimação… Tantas alegrias (que pareciam impossíveis) foram conquistadas , mas… (sempre tem um mas .) Então por que venho constantemente me sentindo completamente inútil, um peso morto pra mundo lá fora? Que merda de mundo é esse que mata até os sonhos realizados, mesmo quando a gente se dá conta de que conseguiu realizar mais do que imaginava? O que mais eu preciso fazer pra conseguir

Por que essa minha paixão por fotos de lugares abandonados?

Tenho uma certa paixão por fotografias de lugares abandonados — que apenas não se estende a visitações físicas por pura falta de recur$o$ e porque sei que não são seguros o bastante nem tão fáceis de adentrar. Lembro de uma casa que havia na rua em que eu morava, cerca de 20 anos atrás, e de como eu era fascinado por ela. Na época, ainda nem sonhava em fazer faculdade de arquitetura, mas me pegava imaginando como ela seria por dentro, pelo pouco que era possível ver através do muro baixo, as plantas já mortas e as cortinas fechadas. Nenhuma placa de “vende-se” ou “aluga-se”. Ninguém morava ali, mas em minha mente aquela casa era minha. [Engraçado que não pensava nela até começar a escrever esse texto e então ela simplesmente surgiu em minha mente!] Foi com algum espanto que certa vez, a caminho do ponto de ônibus onde embarcaria numa condução para o trabalho, vi um carro estacionado dentro da garagem. Um carro novo! Que contraste… E o que ele fazia ali? Como ousava invadir aquele esp

Sobre o Tarot como um GPS…

Esse texto foi escrito há um ano, nos stories do meu Instagram , mas a reflexão é tão pertinente que, ao reler, decidi publicar aqui também. Tem a ver com Tarot, com como a gente se sente quando as coisas não saem como planejamos e o que devemos entender de um jogo oracular quando isso acontece! Dá muito em que pensar… • • •• ••• ••••• •••••••• ••••••••••••• •••••••• ••••• ••• •• • • “Ao menos 3 pessoas ficaram entre tristes e chateadas com as respostas que interpretei pelo Tarot. Tento sempre suavizar o máximo que posso, porque sei que dói e o quanto dói ouvir (ou ler) o que a gente não quer encarar — mas meu papel é o de dizer a verdade ali exposta, não o que querem ouvir . Ainda assim, vale uma observação... Como qualquer Oráculo, o Tarot funciona com o agora para entender o futuro: as cartas dizem aonde você vai chegar se seguir o rumo que está seguindo nesse instante , como um GPS invertido , que dá o destino conforme o caminho. Mas nada é inevitável ou imutável. Quer ser feliz,

“Quando olho para o futuro, vejo minha história nas cartas.”

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Quem me acompanha no Instagram há um tempinho pode ter já percebido que, dentre as 16 cartas da corte no Tarot, há uma com a qual mais me identifico, que é a Rainha de Espadas . Tanto que tenho uma coleção de representações dessa carta numa pasta do Pinterest ! Amo mesmo! Pois então. Eis que ontem, procurando músicas de uma de minhas cantoras favoritas, acho uma canção com o nome Queen of Swords . Tomei um susto! Como assim?! — Corri para um dos meus sites favoritos para ler a letra da música (enquanto ouvia) e o choque se confirma: foi proposital. A própria cantora (e compositora da música) deixou um comentário explicando a razão do nome da música e relacionando diretamente com a carta! Idina Menzel (também conhecida como a voz original da Rainha Elsa no filme Frozen ) fez de propósito mesmo! Sabe quando você encontra alguém que gosta bastante e descobre mais algo em comum com essa pessoa e sente um calorzinho no peito ao saber disso? Foi minha exata sensação! A música é uma delícia

Prefiro um amor de Temperança.

Outro dia, conversando com amigas queridas desse mundinho tarológico , cheguei a essa conclusão… Prefiro um amor de Temperança . Um amor que acalma, alimenta a alma e tempera tudo na medida certa — nem pouco o bastante para alimentar a carência nem o tanto demais para enjoar. Quase como diz lá na música das Spice, sabe? Too Much ? Pois é. Too much of something is bad enough But something's coming over me to make me wonder Too much of nothing is just as tough I need to know the way to feel to keep me satisfied “Ah, mas o Diabo é bem melhor numa tiragem de amor.” Pra quem? Triste é ver quem equipara relacionamentos apenas a sexo, a posse, apego, controle. Triste é ter condenação direcionada a alguém que prefere a tranquilidade de um amor que se resolve enquanto caminha para adiante, sempre em frente. “Ah, mas a Temperança é morna.” Sim. E o fogo do Diabo se apaga após o gozo. Se sua vida se baseia num amor com data de validade, não invalide o amor de quem prefere uma relação duradou

Sobre AUTOconhecimento, seu CAMINHO e onde o Tarot se encaixa nisso tudo.

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Você já ouviu falar de autoconhecimento , penso eu. Palavrinha da moda , muita gente usando a torto e a direito sem fazer ideia do que isso significa. Mas o quanto você se conhece ? Imagino que pense que o suficiente, né? Pois então... Talvez não o bastante. E sabe por quê? Porque a gente (sim, me incluo) não sabe tomar decisões sem pensar mais no que os outros vão dizer do que nas nossas vivências e sentimentos. A vida lá fora (de nós) é esquisita e cada um se comporta de um jeito. Seria bom se a gente tivesse ajuda e orientação, não é? Seja sobre nós (e a psicologia ajuda demais nisso) ou sobre o que acontece à nossa volta. E onde entra o Tarot nisso? Pense nele como aquela chave que vai destrancar aquela gaveta em especial onde fica aquela memória ou emoção que vai te fazer pensar e... “Nossa! Como eu não tinha visto isso antes?!” — Por outro lado, também é quem te diz o que pode te aguardar virando a esquina, já que consegue ter uma visão mais ampla da estrada, como um drone